Renata Vieira fala sobre suas experiências na CIA JALC

30/03/2012 | Por Fernando Zaneti

Renata Vieira abre seu coração para CIA Decálogo JALC e estreia o Entrevistado do Mês. Integrante desde 2011, Renata encanta aos que assistem suas performaces. Em "ANJOS" com o complexo Gabriel, na Troupe dos Clowns Anônimos com a inocente Margarida, personalidades distintas dessa grande Atriz. Acompanhe sua entrevista abaixo.


Renata Vieira

CIA Decálogo JALC: O que de fato é participar dessa família?

Renata Vieira: É saber o que é trabalho em grupo, saber respeitar a opinião e as divergências dentre todas essas personalidades exóticas. E principalmente conhecer o que é dedicar-se a Arte, cada integrante dessa família, como citei tem sua forma particular e absurdamente louca de ser, o que nos une é a seriedade e o amor a Arte.


CIA Decálogo JALC: O que de fato fez ter essa relação com essa arte arteira?

Renata Vieira: Até que eu desabrochasse essa paixão, tive influencias de grandes admiradores e protagonistas dessa linda arte arteira, afinal era contagiante. Depois que o teatro adentrou minhas correntes sanguíneas, tenho a sensação que nasci pra viver essa arte que tenho a dádiva de protagonizar hoje.


CIA Decálogo JALC: Se pudesse descrever a CIA de Artes Decálogo JALC como faria?

Renata Vieira: Ao fim de 2011 escrevi um texto em homenagem a Cia Decálogo JALC e acredito que ele possa responder a essa questão:

"Uma idéia totalmente diversificada do que sempre chamei de família.
Um grupo que dispensa qualquer tipo de comentários...
Quem é que disse que para ter os mesmos ideais tem que ter os mesmos pontos de vista?
E que para se dar bem com alguém tem que concordar em algo? Ou possuir as mesmas bases de princípios?
Que para haver afeto e respeito é necessário por tapetes vermelhos para que o outro passe?
Um desenho abstrato, com uma mancha de cada artista ... Podes imaginar? Aposto que não!
Só quem teve a dádiva de conhecer ou conviver pode entender de fato o que realmente é ser um membro da 'Família JALC'...
Eu quanto uma mera mortal; sei que jamais encontrarei palavras capazes de quantificar a importância que esta Família assumiu em minha vida."


CIA Decálogo JALC: Como recebeu o convite para participar da CIA?

Renata Vieira: Estava a reclamar da vida e da falta de ocupação, e recebi o convite pra conhecer o ensaio – sensação de conhecer o diferente! Mas exaltei que apenas apreciava o teatro e que nunca havia feito nada relacionado à arte... O convite continuou de pé, e a curiosidade falou mais alto!

Achei que podia ser um passa tempo, mas logo vi que era um trabalho serio, que exigiria uma responsabilidade e comprometimento enorme. Fiquei em duvida, se realmente seria minha 'praia'. Em contrapartida navegar em outros universos sem tirar o pé do chão me pareceu uma tentação imensa. Aceitei o convite e hoje vejo que foi a decisão correta, sou grata aos que me apresentaram o tão fascinante mundo da Arte.


CIA Decálogo JALC: Sabemos que alguns artistas sentem sensações momentos antes de estar no palco, o que você acha sobre isso?

Renata Vieira: Realmente são comuns essas tais sensações, tanto antes de subir no sagrado palco quanto ao sair dele com a sensação de que fez, juntamente com o grupo um ótimo trabalho. É engraçado, pensava que amarelaria na primeira vez que fosse subir ao palco, que o publico me inibiria, e que daria um 'branco'... Mais foi realmente ao contrario, minutos antes sempre dá aquela sensação magnífica de adrenalina, que eu particularmente adoro, não é medo, me remete ao respeito que tenho pelo respeitável publico que se desloca de sua residência, em busca de apreciar o ESPETACULO, e os atores tem o dever de garantir que os aplausos sejam válidos e devidamente merecidos. Ao pisar no palco, sinto como se tivesse nascido e sido criada em um deles.



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